sábado, 9 de julho de 2011

Um retorno aos que contestam a união homoafetiva.

A palavra preconceito ganhou um caráter popular de entendimento maior do que seu verdadeiro significado original, pois a mesma caracteriza uma ideia ou conceito formado antecipadamente, sem fundamento sério ou imparcial, hoje em dia ela também agrega um péssimo habito de vida em seu entendimento.
Um conceito formado prematuramente sem quaisquer conhecimentos sobre algo é extremamente comum e instintivo entre as pessoas. O problema não se encontra na existência dos preceitos, mas sim, na forma com que agimos quando o novo rompe idéias supostas no inicio, quando não se tinha uma “visão tão privilegiada”. O preconceito nasce da idéia de um conceito que se torna indestrutível
À medida que possamos enxergar o novo incrustado nas costas de uma face já bem conhecida , mas que sempre se fez existente, criamos pontes para nos dispor a quebrar (se preciso)  conceitos até então fundamentado. Essa “reciclagem conceitual”, na medida em que o meio social evolui, caracteriza um pequeno passo de uma evolução com menos ignorância.
De todo conceito formado e construído pelo ser humano, por mais que a vaidade contrarie, espero que um dia venha a se quebrar, se caso acontecer, é um sinal de que o que se contrapôs, mostrou-se mais claro, concreto e confortável, essa talvez seja a consolidação da presença de preceitos e ausência de preconceito, tornando o “achar” simplório e incapaz de causar incomodo.
Agrupar opiniões sobre pontos de vistas dos mais diversos possíveis é um direito de absolutamente todos. A riqueza cultural se encontra exatamente nessa diversidade de opiniões, mas para que não se crie uma demagogia que rompa esse grau de liberdade social, as opiniões devem se oscilar em apenas um âmbito optativo, ou seja, quando se tratam de escolhas pessoais, que junto às mesmas, carregam com sigo o livre nascer de uma contradição. 
Independente das crenças, a maioria das religiões retratam a criação de todos os seres como o mais belo dos milagres, a aceitação pelo natural sempre foi um dos principais enfoques de todas elas, que pregam algo do tipo “seja feliz da forma mais simples, transcendendo o verdadeiro ou a naturalidade”. Quando as contradições existentes em seus acervos sagrados, basta lembrar que se tratam de diferentes pessoas que contribuíram com tais escritos.


           Ao reprimir uma união homoafetiva, propagamos uma inversão de valores entre a naturalidade e o comumente visto, gerando ignorantes afirmações do tipo: “ pode namorar gay, dês de que eu não veja” ou “ eu gosto dos homossexuais, mas não apoio o homossexualismo”.

O natural não caracteriza  algo que venha do cotidiano, certas pessoas praticam a corrupção diariamente, criam rotinas perversas tão comuns aos olhares acomodados de quem de fato sofre as consequências, aflorando uma ignorante tolerância ao inadmissível, mas nem por isso, essas atitudes corriqueiras caracterizam-se naturais, se trata se infelizes ESCOLHAS, o que de fato deveria estar sendo julgado pela massa.
Qual o fundamento de contestar a cor da pele de uma pessoa, tornando este o único fator determinante digno de uma suposta discordância? Será  que temos o direito de não concordar com algo que ao menos determina qualquer ato de escolha, algo que não se pode e nem deve ser feito nada para mudar?

A comparação existe para ser feita entre semelhantes, usamos este método constantemente para tudo, pois nada é alto ou grande, gordo o bastante se não temos nada como parâmetro. 
Por exemplo: comparar um gay e um asiático hetero que sofrem preconceito social, tal comparação desencadeia inúmeras analogias capazes de identificar a origem do preconceito até suas graves causas, mas quando a comparação é feita entre coisas distintas, ao fazermos uma analogia entre ambos, uma distorção dos valores passa a ser o meio usado para procurar respostas, ou seja, não às encontraremos. Entre o gay e um asiático hetero que sofrem preconceito, depois de feita a cuidadosa observação em relação ao sofrimento que ambos enfrentaram, percebemos que soluções semelhantes combatem ambos os problemas
Um corrupto teve por opção roubar, tal escolha acarreta o sofrimento desumano de muita gente, cabe a nós discordar, expor opiniões diversificadas, até que se chegue a conclusão de que se trata de um reles  ladrão, que pelos parâmetros que hoje temos, dimensionamos o ato de roubar como inaceitável, sujeito a pena.
Ao comparar o homem que teve por opção roubar, com o homem que apenas é ( negro,asiático,hetero, gay,lésbica, bi entre outros) aplicando penas aos que simplesmente são, quebramos com o pacto de liberdade que todos dizem existir, contribuímos para uma cruel opressão em pleno século XXI, ou seja, pessoas que nem se quer precisaram expressarem-se, para serem encaixadas em um modelo que para muitos tem um cunho pecaminoso, cômico ou indecente.
A sexualidade não se trata de uma opção. Por um acaso, especificamente você leitor hetero, optou por ser heterossexual em algum momento de sua vida? se sim, o que seria antes dessa escolha?

 Somos pessoas, a atribuição dos nomes homem e mulher e seus comportamentos, definem apenas dois extremos diferentes, que existem é claro, mas as diferenças aplicam-se a cada individuo, a particularidade que cada um carrega impede a separação de todos em apenas dois grandes grupos (feminino e masculino) de forma amena.  
 Se a consciência de que os gays, lésbicas, bissexuais  existem e que isso transcende uma simples escolha, porque querer ocultar o natural? Agora imagine você sendo forçado a se encaixar em um padrão que contradiz suas vontades e desejos mais espontâneos, existe felicidade nesta suposição feita ? 

A revolta existe, pois ninguém se restringe a um “pacote” somos pessoas, O fator homossexualidade não tem a “imposição sexual” como uma característica da personalidade e caráter, pois estas características são construída, já a sexualidade é imposta da forma mais linda e natural possível.
Uma contestação tem de ser basear no que foi feito, falado ou pensado e a naturalidade deve ser expressa de forma que as minhas escolhas não interfiram na do outro, mas sim, interajam de forma consensual.
 O que se pode ver hoje em dia é uma sociedade nada democrática e muito contraditória, que cobram seus direitos da livre expressão, lacrando qualquer atitude que um homossexual supostamente VIERA a tomar, em um pacote denominado: “gays com atitudes marcadas”, cria-se um preceito estático ou preconceito, tornando este o marco de quando a sociedade abraçou a ignorância. Infelizmente nos dias de hoje ao ligar a TV nos depararmos com um manifesto em prol a um conceito que deveria ser normal, duas pessoas do mesmo sexo que se relacionam, pagam seus impostos e estão dispostos a tirar do abandono crianças que sofrem das necessidades mais básicas. 

sábado, 5 de março de 2011

ser Humano

O "ser humano" que prezo em destacar, vale mencionar que não caracteriza qualquer individuo, hoje em dia dificilmente esbarramos com um por ai, então normalmente surge a seguinte pergunta: quando saio de casa eu costumo encontrar o que ??? E a resposta é: pessoas.
            A origem da palavra “pessoa” vem do latim “persona”  originalmente significava “a máscara, figura, personagem de teatro”.
             A grande diferença entre pessoa  e “ser humano” é que a pessoa está preocupada em se mostrar feliz, já o ser humano prioriza ser, mesmo que não pareça. A pessoa apenas pensa, mas quando se da conta de que ao falar estará se particularizando e mostrando um lado intimo e único, prefere agarrar-se ao silencio e apoiar-se na obediência pelo medo de se diferenciar to todo. 
 O ser humano consegue enxergar que a riqueza está exatamente na diversidade, no diferente e não se preocupa em tornar o particular acessível. Para pensar, bastou ser pessoa, mas para falar teve que ser humano.

quinta-feira, 3 de março de 2011

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 Como em uma doença, a principio cuidar dos sintomas nos causa um certo conforto, mas não a cura. Uma simples doença pode vir a tomar proporções bem maiores se o problema não for eliminado pela raiz. Se não pararmos para pensar em um modo de acabar com o foco, o fim chega e não se fez outra coisa, além de sobreviver com um “certo conforto”.
            Na sociedade como em um corpo, focar nos sintomas sem focar na doença, só a fortalece, tornando os sintomas mais fortes e o foco cada vez mais camuflado. Uma febre ou desmaio serve para nos alertar que algo não está indo bem, cuidar da febre é essencial, mas não é tudo.
            O que temos que entender é que os supostos problemas os quais estamos expostos diariamente, não passam de sintomas e por mais que estes sintomas aumentem, o modo de acabar com o foco continua o mesmo. As vezes a cura está em pequenas mudanças de hábitos.
 Achar o foco é como soltar pipa. Imagine a linha da pipa como sendo a linha do tempo, e depois de viver intensamente, você se depara com toda aquela linha sobre o chão, a mesma linha que te faz lembrar o quão inesquecível foi à experiência de voar, e com todo cuidado a criança ergue a extremidade da linha presa à pipa e entre os dedos passa pedaço por pedaço, jogando-a para o outro lado, reforçando cada remendo ali existentes e fazendo com que toda linha que estava por baixo, fique por cima, repetindo o mesmo movimento até que se chegue ao encontro da extremidade presa no carretel. Ao entender como se encontra cada metro de linha, a criança a enrola no carretel e aguarda por mais um dia de vôo no céu.
        O problema está em agir como cânceres. Existem doenças que surgem do próprio organismo, o meio pode sim influenciar, mas o meio que nós mesmos criamos. Por exemplo: o câncer, um mal que não se sabe o porquê do seu surgimento, mas resumidamente sabe-se que é uma célula qualquer de um organismo que “decide” multiplicar-se independente do corpo. Os estragos são catastróficos.            
            Na sociedade estamos agindo como vários cânceres, em um corpo não existem órgãos mais importantes, todos são essenciais em suas funções, à falta de qualquer um deles, leva o ser vivo a morte. Um coração seria incapaz de substituir um fígado ou o contrario.
A fonte de energia que ingerimos através dos alimentos é distribuída no corpo, imagine se os rins ou cérebro tivessem autonomia para roubar toda essa fonte destinada ao resto dos órgãos, para manter estocada se caso algum dia falte, o corpo INTEIRO morre.
            O planeta é um grande corpo, nos somos seu organismo, só tem um porém, a função que cada um deve desempenhar não esta escrita, mas uma pista nos foi deixada e com palavras ela se resume em: Ao fazer aquilo que tu amas, a excelência passa a ser a sua busca insana.
            Acredite no seu talento, pois vem dele o seu verdadeiro papel no “organismo”, se você é do tipo que se diz “sem talentos” saiba que ele existe, a menos que você nunca tenha sentido euforia, prazer, curiosidade ao desempenhar uma atividade que não necessariamente se encontra em um “bom nível” para certos padrões sociais, talvez a falta de padrão se torne um obstáculo para achá-lo.
A busca pelo talento é a melhor parte, pois consiste em experimentar de tudo um pouco, dês de o mais incomum ao menos conveniente aos olhares alheios, mas nem por isso menos importantes.
Ache aquilo que te de entusiasmo para levantar da cama quentinha em uma manhã de domingo chuvoso. Não tenha pressa, saiba que a pressa é mais um sentimento que muitas vezes inibe as pequenas pistas que passam por nós em relação ao que procuramos, esse é um processo que exige calma e paciência.
             Se ao dedicar todo o tempo as suas vidas, as pessoas levarem em conta apenas certas questões sociais, além de em 365 dias do ano, elas sobreviverem esperando apenas menos de um terço deles (que constituem em fim de semanas, férias e feriados) para estar bem, não existiriam grandes pintores, artistas, músicos, entre outros. O que seria da vida sem a Arte?
             Fazer algo prazeroso foge do estado de estar condicionada a desempenhar qualquer atividade, a verdadeira importância que isso tem é que o estado de condição é limitado, com isso, uma pessoa vocacionada, não se contenta em apenas fazer, ela busca aprimoramentos, novos horizontes, busca-se a excelência, perde-se o foco na disputa externa, ou seja, o desejo não é mais ser melhor que o outro, mas sim, ser melhor que ontem.
Descubra coisas novas, ao achar grite o mais auto que puder, compartilhe. Se hoje temos tantas ferramentas que rompem barreiras, foi graças a esse compartilhamento de pessoas que amavam o que faziam.
            Quem acha que a vida é longa e que amanha pára para pensar sobre, saiba que a cada segundo que passa, ficamos um segundo mais velhos, faz parte. O problema não é a falta de tempo, qualquer hora é a hora certa para mudar, seja lá o que for. O que eu quero dizer é que a maneira de apreciar o sabor de uma maçã, muda de acordo com que o nosso corpo evolui. Então, o gosto sentido hoje, só existirá em nossas lembranças, pois mesmo com a função de sempre alimentar, amanha a mesma fruta terá um gosto diferente.
Ao descobrir o seu talento e botá-lo em pratica, um dia jamais será igual ao outro, pois ficamos dispostos a sentir de todas as formas, cada sutil mudança de sabor que o tempo nos fornece, passando a viver cada minuto uma descoberta nova, aproveitando intensamente todos os 365 dias do ano.    
         

terça-feira, 1 de março de 2011

Apenas palavras

O problema não está em pedir, desejar, mas sim em como pedimos. Expressamo-nos através das palavras, mas elas servem apenas para que com o uso da mesma, o outro entenda o que queremos ou sentimos.
            Colocamos as palavras como sendo a origem de tudo e as tratamos como verdades absolutas, com isso, algo que representa a mesma filosofia, mas com diferentes palavras, passam a serem reciprocamente descriminados. 
O que está acontecendo é que guerras são geradas pela intolerância com o outro, por acreditar que as crenças referem-se a diferentes Deuses, apenas por conterem nomes diversos.  As pessoas que promovem esse tipo de conflito e desfrutam desse mesmo pensamento, tem as palavras como origem, meio e fim. Mas a língua, seja ela o inglês, Frances ou português, só servem para passar algo já vivenciado.
Uma palavra só é dita, quando um conjunto de sentimentos passa a ser sentido por uma pessoa, por isso que ao mentir, apenas estamos passando uma interpretação equivocada do que de fato sentimos. Saiba que a palavra não tem valor próprio, mas expressa algo muito valioso, o acesso a esse algo (os sentimentos), faz com que as palavras se tornem inúteis e a mentira algo inacessível.  Porém ser verdadeiro com o outro é usar exatamente as palavras e expressões que remete a determinada sensação vivida, palavras que em comum acordo, foram atribuídas a cada sentimento, facilitando assim a comunicação entre pessoas. 
Uma bela oração, não faz sentido algum se na verdade o que sentimos, não condiz com cada valor agregado às palavras que as constitui. 
            Fazemos das orações um mecanismo com hora, lugar certo e palavras as quais muitas vezes ao menos entendemos seu significado ou valor agregado, mas fazemos dela uma chave para pedir e agradecer qualquer feito ou apenas as fazemos por força do habito, com isso, emitimos apenas sons de palavras, sem uma origem, o sentir.
             Apegar-se a palavra, significa transformá-la em sentimento, algo inviável, pois os sentimentos só podem ser compreendidos, quando o mesmo já foi vivenciado. Então, sem o sentimento ou origem da palavra (fruto das vivencias) as palavras não passam de barulho.
            O problema não está na existência de outras línguas e culturas, mas sim na falta de interesse ao interpretar o diferente, pois a riqueza encontra-se na diversidade.
            Essa interpretação consiste nos olhares, nas buscas e ações, mas a interpretação a que devemos ter do outro, não serve para banir ou aceitar um individuo, mas sim, entende-lo e com palavras ou até mesmo gestos, olhares, não indicar a resposta logo de cara, isso nós já temos, mas sim a busca pelo caminhar, para que o vivenciar se torne uma experiência coletiva, onde ai sim, com palavras, gestos e olhares, possamos trocar experiências vividas. 
            Os sentimentos fazem parte da língua universal do homem, o que muda, são as diferentes formas de externá-los.
 Não é preciso unificar o dialeto para que tenhamos palavras com significados iguais, o que precisamos é de instigar o interesse em desvendar os sentimentos alheios (o diferente)  fazendo com que os nomes percam seus supostos valores e que sirvam apenas como envelopes para carregar o que realmente importa, os sentimentos.   

Ser Líder

            
Ser líder, grandes responsabilidades, inúmeros aprendizados. Ser líder não é uma opção é um dom, o dom de coordenar, ser organizado, justo e mente aberta, tais características as quais todos buscamos e que fazem parte de um líder nato. Ser líder não é uma escolha é um fato, algo que de tão grande não te cabe no peito e exala do seu ser, caracterizando seu papel em qualquer atividade a qual passa a ser dominada pelas suas qualidades.
 Ser líder é como ter uma visão panorâmica de tudo e de todos, ter muita paciência e capacidade de se enxergar na situação de cada um ali presente, ouvir cada opinião, dando sua opinião e juntando tudo em uma brilhante solução.
Um líder se destaca em meio a grupos, isso porque são as pessoas que atribuem esse papel a determinados indivíduos, ser líder não é ser mais, mas sim, sentir mais. Um verdadeiro líder toma as dores sem descansar até que tudo se resolva.
Onde estão esses lideres? Quem são? Não existe um rotulo para identificá-los, nem tipos específicos de pessoas atribuídas a essa condição de “ser líder”, cada um tem o seu espírito de liderança. Ser líder é um estado, as pessoas não são lideres, elas simplesmente ”estão lideres” e o que atribui esse estado de liderança, são exatamente as qualidades diferenciadas existentes em cada um, com isso, para cada situação temos um líder diferente. 
Um bom líder, além de ter as qualidades cestas a serem usadas em determinado momento, sabe a hora de parar de liderar para seguir instruções, quando a situação se trata em ter outros lideres com qualidades diferentes das suas, mas que são essenciais para determinada atividade 
Cada um tem o seu espírito de liderança, ser um bom líder é ter a formula para o sucesso. Não ache que determinadas atitudes possam diminuir qualidades tão presentes e visíveis em você, faça com que elas cresçam de tal forma, que os defeitos se tornem meros detalhes. Procure pensar, tenha um tempo para você, desfrute disso. Evite deixar que suas qualidades se tornem os meros detalhes e seus defeitos dominantes, para isso, seja verdadeira com sigo mesmo.
 Procure seus defeito ao reconhecê-los, tente melhorar como pessoa, saiba que eles existem  e nunca deixarão de existir. O amadurecimento é exatamente essa “reciclagem de defeitos”, a troca de velhos por novos, atribuindo a cada melhora, a idéia de que vem dos defeitos a evolução como pessoa de cada dia.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O que é arte?


Hoje em dia para falar de arte, muitos sobem em um pedestal, enchem os peitos de vaidade e declamam versos, textos ou frases de pára-choque de caminhão impecavelmente decoradas. Uns memorizam nomes difíceis, técnicas ou até mesmo se prestam a decorar qual lado da cama o artista costumava dormir. Compram obras caras, penduram em suas paredes, quando na verdade eles não fazem a menor idéia do porque de pagar tão caro em um monte de borrões, nem ao menos conseguem perceber que a partir daquele momento a obra acabara de perder todo o seu valor.
Perguntas simples sugerem respostas simples. Existe uma tendência em achar que a simplicidade remete a algo mal elaborado, quando na verdade o “simples” tenta buscar o primórdio ou a origem, significa tirar do emaranhado de conceitos que o cerca, buscando um olhar particular.
Um doce experimentado pode  não agradar, mas também pode ser o doce mais incrível que você já comeu, dentro das duas possibilidades, o importante é que para admirar ou não, em momento algum é preciso saber como aquilo foi feito, o conhecimento acaba vindo sim, mas de uma forma natural, pela curiosidade.

Para responder essa pergunta não é necessário decifrar Picasso ou Beethoven, técnicas de pinturas ou saber ler partituras. Arte é um nome dado a uma manifestação, algo que acontece quando se cria uma nova forma de linguagem (seja ela qual for) para possibilitar um entendimento sobre qualquer coisa. Em uma interação, as vezes um olhar basta, mas outras vezes o olhar não é o suficiente, então surge a palavra, que para ser dita, causou dentro de cada um a reunião de um conjunto de sentimentos que é de comum conhecimento para ambos. É importante perceber que tanto na troca de olhares, quanto na troca de palavras, a mensagem foi passada, mas e quando o que temos a passar não é uma experiência coletiva, mas sim única? Como externar isso para outra pessoa? Imagine alguém que nunca teve a experiência de provar algo doce, agora tente com palavras, tornar essa experiência coletiva, nem com todos os recursos linguísticos você vai conseguir, o experimentar algo doce é apenas um exemplo bobo que está servindo de cenário para uma percepção.
A Arte manifesta-se exatamente nessa busca por recursos para aproximar o outro de uma experiência até então extremamente particular, a palavra "arte" originalmente significa “capacidade de dominar a matéria” este domínio pode ser sobre qualquer coisa, desde uma pedra até um poema.
Dar traços, cortes, tons a algo abstrato, exige do artista uma enorme sensibilidade e incrível habilidade para produzir aplicando seus objetivos e observando com os olhos de alguém que está tendo um primeiro contato, nessa dosagem de fazer e observar simultaneamente, buscando traços, formas e tons para aflorar aquilo que com palavras não foi aflorado, são atributos natos dotados por artistas com o dom de criar. 
As pessoas já tiveram como meio de comunicação apenas grunhidos, a evolução na linguagem vem ocorrendo por uma vontade inquietante do homem de compartilhar experiência vivida. A partir do momento em que o objetivo é alcançado, ou seja, com minha arte pude te mostrar algo que com palavras não consegui, a arte foi manifestada, como se um ciclo fosse cumprido para dar continuidade a um outro, mas na medida em que o tempo passa, aquela mesma obra que teve seu objetivo alcançado, já não carrega com sigo a arte presente, mas sim, um manifesto artístico passado, o que não a torna menos importante, mas o apego que ocorre nesse meio “comercial artístico” descaracteriza o papel da arte que precisa caminhar no tempo presente para existir em seu ciclo completo.
A arte marca uma passagem, uma transição, isso por ter como objetivo te fazer sentir algo novo. Ao invés das pessoas procurarem novas percepções, promover a “arte presente” se agarram ao passado sem dar o seu devido valor, deixando de enxergar novos artistas, com novas propostas as quais você não tem conhecimento, cria-se um pré-julgamento, e o conceito “arte” praticamente vira uma lenda, onde só se fez existente em um passado duvidoso.
O não incentivo a “arte presente”  que tão bela quando a “arte passada” esclarecerá problemas atuais, apontará o que tanto incomoda e não conseguimos enxergar, faz com que uma simples pergunta “o que é arte ? ” se torne um tabu, ninguém se atreve em botar em questão, mas continuamos a quantificar a arte em alguma coisa importante que já passou .
A arte esta sendo extinta pela desvalorização do tempo presente, mantendo o foco sempre no passado ou o seu valor se perdeu no mercado onde a assinatura do autor vale mais que sua obra, onde o que vale é ter status, capacidade de ter como respostas “versos, textos ou frases de pára-choque de caminhão impecavelmente decoradas” e um pedestal para me diferencias dos demais, mas na verdade são as duas coisas juntas.
A maioria vive de manifesto artístico passado, mas poucos a enxergam para dar seu devido valor, são obras que trataram de caos passados, são belas, mas para se apreciar é preciso saber o período e transformações históricas em que a arte foi produzida, caso contrario, ela pode não passara de borrões ou uma coisinha bonitinha, por isso essa “Arte comercial” não está para o povo, promovemos uma arte quantitativa e egoísta.
O verdadeiro artista não faz sua obra para que você a desvenda, mas sim, te desvenda através de sua obra.
Ainda bem que os artista são os sonhadore mais acordados que se pode imaginar, gozam de uma visão tão privilegiada que o silêncio torna-se pequeno demais. Quanto ao barulho que fazem?  é para te tocar de uma forma jamais percebida, aflorando mudanças sociais e pessoas que já fizeram e fazem a grande diferença.  Basta uma  olhada rápida pela história para nos dar a certeza da importância do artista , ninguém vive sem arte, para entender é só lembrar que as palavras hoje tão comuns, umas de sua preferência, outras não, um dia já foram um manifesto artístico.
Obrigada aos artistas que se fazem presente. Mesmo com a cegueira dos que lhe rodeiam, se desdobram em mil tons, cores e formas, sem abandonar a ideia de tornar o inacessível habitável.                    

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Equilibre-se

Se na idéia de um mundo ideal não existe o bem nem o mal, o que será? Que palavra mais se aproxima para que possamos entender?  Devo chamar de paz ou perto da perfeição?  Porque não perfeição? Bom isso é o de menos, mas seja lá o que for vou chamar de equilíbrio.
 Se com isso descobri tal segredo me pergunto, porque tanta nitidez? Ou se tudo não passam de tolices, porque tanta sensatez?  Se o orgulho que te impede de enxergar, não o deixe, apenas equilibre-se. Quando falo de equilíbrio, me refiro ao equilíbrio mútuo o equilíbrio da natureza, que depende do outro para acontecer. Na vida não existem padrões, pois cada flor que nasce é única, cada pássaro, cada arvore jamais terá outro igual, com o equilíbrio não é tão diferente. Essa talvez seja a grande dinâmica da vida, ou não , aprenda que são as incertezas que nos move,são elas que deixam a vida lúdica, como em um jogo ou desafio, quando chegamos ao final percebemos que a grande graça estava no caminho trilhado. Naturalmente estamos sempre em busca do “próximo desafio ”e não de um fim absoluto.  O equilíbrio no qual eu me refiro é mais ou menos como correr de mãos dadas, às vezes é precis fazer contra peso para que ambos fiquem em pé.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                     
Exalte-se, mas apenas quando for preciso fazer o “contra peso”, não seja extremista, cada caso é um caso, agir com o coração ou consciência é ir além das regras e leis impostas pelo homem é exatamente procurar saber onde está o ponto de equilíbrio daquele momento, pra isso, busque respostas para suas perguntas, não use o Google, use a mente, monte opiniões próprias, discuta idéias, as respostas sempre virão e junto a elas uma segurança e a certeza de que a melhor companhia é a sua e que a do outro é INDISPENSÁVEL.  Acalme-se em meio a um tufão, a regra do equilíbrio é exatamente não ir com a maioria, ou melhor, não pensar de acordo com ela. Tenha opiniões formadas, mas esteja sempre disposto a mudá-las, conteste.                  
Cada palavra pensada, cada idéia formada, faz a diferença, você faz a diferença.  As pessoas não nascem com temperamentos e cabeças diferentes em vão. “Os opostos se atraem”, os opostos na verdade se equilibram.
Não se deixe levar pela maioria, pois nem sempre a resposta esta na “quantidade”, não haja de acordo com o bem e o mal, pois isso pode ser apenas uma questão cultural, não tenha medo de contestar o que já estava pronto quando você chegou, não procure fora de si àquilo que você só pode encontrar dentro, equilibre-se.