quinta-feira, 3 de março de 2011

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 Como em uma doença, a principio cuidar dos sintomas nos causa um certo conforto, mas não a cura. Uma simples doença pode vir a tomar proporções bem maiores se o problema não for eliminado pela raiz. Se não pararmos para pensar em um modo de acabar com o foco, o fim chega e não se fez outra coisa, além de sobreviver com um “certo conforto”.
            Na sociedade como em um corpo, focar nos sintomas sem focar na doença, só a fortalece, tornando os sintomas mais fortes e o foco cada vez mais camuflado. Uma febre ou desmaio serve para nos alertar que algo não está indo bem, cuidar da febre é essencial, mas não é tudo.
            O que temos que entender é que os supostos problemas os quais estamos expostos diariamente, não passam de sintomas e por mais que estes sintomas aumentem, o modo de acabar com o foco continua o mesmo. As vezes a cura está em pequenas mudanças de hábitos.
 Achar o foco é como soltar pipa. Imagine a linha da pipa como sendo a linha do tempo, e depois de viver intensamente, você se depara com toda aquela linha sobre o chão, a mesma linha que te faz lembrar o quão inesquecível foi à experiência de voar, e com todo cuidado a criança ergue a extremidade da linha presa à pipa e entre os dedos passa pedaço por pedaço, jogando-a para o outro lado, reforçando cada remendo ali existentes e fazendo com que toda linha que estava por baixo, fique por cima, repetindo o mesmo movimento até que se chegue ao encontro da extremidade presa no carretel. Ao entender como se encontra cada metro de linha, a criança a enrola no carretel e aguarda por mais um dia de vôo no céu.
        O problema está em agir como cânceres. Existem doenças que surgem do próprio organismo, o meio pode sim influenciar, mas o meio que nós mesmos criamos. Por exemplo: o câncer, um mal que não se sabe o porquê do seu surgimento, mas resumidamente sabe-se que é uma célula qualquer de um organismo que “decide” multiplicar-se independente do corpo. Os estragos são catastróficos.            
            Na sociedade estamos agindo como vários cânceres, em um corpo não existem órgãos mais importantes, todos são essenciais em suas funções, à falta de qualquer um deles, leva o ser vivo a morte. Um coração seria incapaz de substituir um fígado ou o contrario.
A fonte de energia que ingerimos através dos alimentos é distribuída no corpo, imagine se os rins ou cérebro tivessem autonomia para roubar toda essa fonte destinada ao resto dos órgãos, para manter estocada se caso algum dia falte, o corpo INTEIRO morre.
            O planeta é um grande corpo, nos somos seu organismo, só tem um porém, a função que cada um deve desempenhar não esta escrita, mas uma pista nos foi deixada e com palavras ela se resume em: Ao fazer aquilo que tu amas, a excelência passa a ser a sua busca insana.
            Acredite no seu talento, pois vem dele o seu verdadeiro papel no “organismo”, se você é do tipo que se diz “sem talentos” saiba que ele existe, a menos que você nunca tenha sentido euforia, prazer, curiosidade ao desempenhar uma atividade que não necessariamente se encontra em um “bom nível” para certos padrões sociais, talvez a falta de padrão se torne um obstáculo para achá-lo.
A busca pelo talento é a melhor parte, pois consiste em experimentar de tudo um pouco, dês de o mais incomum ao menos conveniente aos olhares alheios, mas nem por isso menos importantes.
Ache aquilo que te de entusiasmo para levantar da cama quentinha em uma manhã de domingo chuvoso. Não tenha pressa, saiba que a pressa é mais um sentimento que muitas vezes inibe as pequenas pistas que passam por nós em relação ao que procuramos, esse é um processo que exige calma e paciência.
             Se ao dedicar todo o tempo as suas vidas, as pessoas levarem em conta apenas certas questões sociais, além de em 365 dias do ano, elas sobreviverem esperando apenas menos de um terço deles (que constituem em fim de semanas, férias e feriados) para estar bem, não existiriam grandes pintores, artistas, músicos, entre outros. O que seria da vida sem a Arte?
             Fazer algo prazeroso foge do estado de estar condicionada a desempenhar qualquer atividade, a verdadeira importância que isso tem é que o estado de condição é limitado, com isso, uma pessoa vocacionada, não se contenta em apenas fazer, ela busca aprimoramentos, novos horizontes, busca-se a excelência, perde-se o foco na disputa externa, ou seja, o desejo não é mais ser melhor que o outro, mas sim, ser melhor que ontem.
Descubra coisas novas, ao achar grite o mais auto que puder, compartilhe. Se hoje temos tantas ferramentas que rompem barreiras, foi graças a esse compartilhamento de pessoas que amavam o que faziam.
            Quem acha que a vida é longa e que amanha pára para pensar sobre, saiba que a cada segundo que passa, ficamos um segundo mais velhos, faz parte. O problema não é a falta de tempo, qualquer hora é a hora certa para mudar, seja lá o que for. O que eu quero dizer é que a maneira de apreciar o sabor de uma maçã, muda de acordo com que o nosso corpo evolui. Então, o gosto sentido hoje, só existirá em nossas lembranças, pois mesmo com a função de sempre alimentar, amanha a mesma fruta terá um gosto diferente.
Ao descobrir o seu talento e botá-lo em pratica, um dia jamais será igual ao outro, pois ficamos dispostos a sentir de todas as formas, cada sutil mudança de sabor que o tempo nos fornece, passando a viver cada minuto uma descoberta nova, aproveitando intensamente todos os 365 dias do ano.    
         

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